Gente aglomerada, auto-falantes, musica, faixas, placas, gente colorida e fantasiada; mas ate entao "so" bastante gente.Subi num ponto de onibus pra ver de cima; ai sim de pra entender melhor o que tava acontecendo ali. Muita, mas muita, gente. A praca tomada, todas as ruas, em todas direcoes, cheias de gente.Ja estive em shows grandes, jogos de futebol, e nao, ali nao tinham 30 mil pessoas como disseram alguns jornais no Brasil, e sim facilmente as 100 mil noticiadas pela policia Dinamarquesa.Mas o mais impressionante desse Sabado em Copenhagen nao foi a multidao de pessoas, e sim sua diversidade. Grupos, organizacoes e etinias de toda parte. Europeus, africanos, latino americanos, asiaticos, a ate esquimos! Cada um com seu ponto de vista e ideologia, mas em um sincronizado e bonito acordo geral com uma causa em comum.
Nao sei ao certo o que vai sair da cupula das Nacoes Unidas; nao acredito que um acordo legalmente vinculante va sair dali. Claro que isso seria fantastico, mas mto mais do que a fantasia, precisariamos de algo real. Acordos, mesmo com implicacoes legais, poderiam chegar a nao serem respeitados, e entao ficariamos na mesma. O mais importante acaba sendo entao a mudanca de atitude e postura; assim talvez a marcha dos 100 mil e outros protestos do tipo, as articulacoes e aliancas politicas (tanto la dentro quanto la fora), talvez sejam o maior e mais significante produto dessa conferencia.Ha uma vontade de mudanca de muita coisa e, mais do que isso, a vontade passa a um grau de organizacao e extensao bem significativo.
Ficou ainda mais nitido Domingo, quando assistia a um dos lideres da Via Campesina discursar no palco da "Assemblei do Povo" (um espaco aberto a representantes quaisquer grupos ou individuos), na conferencia paralela Klimaforum, afirmar com o mesmo sentimento descrito acima, ha uma nova "uniao" por uma causa comum.
Sendo assim, volto no ponto, independente do desfecho da COP-15, esse eh um momento historico no sentido de uma nova ordem mundial. Espero.